terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EDITORIAL

O blog tem como um dos seus principais fins, promover uma mídia livre, horizontal, utilizando de maneira alternativa e criativa os ideais libertários anarquistas. Como critica a mídia burguesa que sufoca e detém todos os meios de comunicação, com seu alto alcance, transmitindo só o que lhes convém, por interesses lucrativos favorecendo em sua grande maioria as grandes corporações capitalistas.
Enquanto isso todos sabem que uma grande parte da população vive em estado miserável, pessoas subnutridas, sem lazer, sem ao menos água potável. O meio ambiente a cada dia grita por socorro, lixo espalhado por todo lugar e outras milhares de toneladas escondidas em aterros (sem uma preparação devida) afastados para não impactarem diretamente.  A nossa fauna e flora a cada dia que passa esta entrando em extinção... catástrofes ambientais são cada vez mais comuns. O Estado e as grandes corporações capitalistas se negam à explicar com detalhes, o porquê dessas catástrofes, para não atribuir sua parcela de culpa. Pois são os mesmos que influenciam o consumo alienado, ocasionando o risco de esgotamento dos recursos naturais. A devastação de áreas verdes e a construções sem planejamento, muito asfalto e concreto impedindo que a água das chuvas penetre na terra acarretando as inundações.  
À partir de todas essas considerações feitas, acreditamos que cada grito de revolta contra esse sistema de merda é valido, que cada voto de contra cultura é impactante, então organize-se para se autogerir e destruir os costumes nocivos dessa sociedade falida.

Qualquer contribuição para fortalecer este blog (a luta libertária) é muito válida; matérias, denuncias, poesias, escritos literários, fotos, vídeos, eventos etc. Lembrando que não interagimos de forma alguma com individuos homofóbicos, machistas , Skinheads , fascistas e derivados.

LIVRE-MENTE !!! 




Dignidade sempre – Sobre o Ezln (Exército Zapatista de Libertação Nacional)

Em primeiro de janeiro de 1994, numa das regiões mais pobres do México, veio a público um exército de indígenas empunhando mais sonhos do que armas. Auto denominaram-se exército zapatista de libertação nacional (EZLN) e h Em primeiro de janeiro de 1994, numa das regiões mais pobres do México, veio a público um exército de indígenas empunhando mais sonhos do que armas. Auto denominaram-se exército zapatista de libertação nacional (EZLN) e havia sido formado dez anos antes, pela confluência e mescla de um pequeno grupo de marxistas provindo da cidade  e uma grande quantidade de pessoas diversas etnias indígenas, das comunidades de Chiapas. Esses insurgentes, em plena época de “fim das utopias”, cobriram seus rostos com lenços vermelhos (os paliacates) e gorros negros (os passa-montanhas) para se fazerem visíveis, empunharam armas para que ouvissem sua voz. Um exército muito outro, que combateu abertamente com armas por apenas 12 dias e que – sem abandoná-las – continua a combater há 14 anos com palavras, resistências, autonomia e dignidade. Nesse período, têm efetivado novas formas de democracia e de relações sociais, de acesso a justiça, à saúde, à terra e à educação em seus territórios autônomos em rebeldia, nos quais, como já diz a placa de entrada: “quem manda é o povo e o governo obedece”.
Além disso, em 14 anos de insurreição pública e 24 de formação, s zapatistas, em decorrência das próprias transformações teóricas e práticas pelas quais passaram, inovaram e questionaram diversos cânones das teorias e experiência dos movimentos de esquerda do último século, desvendando novas e reeditando velhas formas de organização e de se fazer política. Pelas suas características organizativas, suas formas de luta, suas inscrições identitárias, suas conceitualizações da aça coletiva, suas formas de linguagem, seus questionamentos em relação a poder, a política, ao estado e à democracia, colocam particularidades que os distinguem de outros movimentos precedentes e, sem dúvida, impulsionaram a revitalização do pensamento crítico. Com uma capacidade questionadora e de autocrítica poucas vezes vista em movimentos do tipo, o ezln se apresenta mais como antípoda das tradicionais guerrilhas que a América Latina conheceu, sendo um dos despertares mais visíveis de um novo ciclo de protesto social que tomou corpo no decorrer da segunda metade dos anos 1990 na América Latina, de cunho antineoliberal e anticapitalista.
avia sido formado dez anos antes, pela confluência e mescla de um pequeno grupo de marxistas provindo da cidade  e uma grande quantidade de pessoas diversas etnias indígenas, das comunidades de Chiapas. Esses insurgentes, em plena época de “fim das utopias”, cobriram seus rostos com lenços vermelhos (os paliacates) e gorros negros (os passa-montanhas) para se fazerem visíveis, empunharam armas para que ouvissem sua voz. Um exército muito outro, que combateu abertamente com armas por apenas 12 dias e que – sem abandoná-las – continua a combater há 14 anos com palavras, resistências, autonomia e dignidade. Nesse período, têm efetivado novas formas de democracia e de relações sociais, de acesso a justiça, à saúde, à terra e à educação em seus territórios autônomos em rebeldia, nos quais, como já diz a placa de entrada: “quem manda é o povo e o governo obedece”.
Além disso, em 14 anos de insurreição pública e 24 de formação, s zapatistas, em decorrência das próprias transformações teóricas e práticas pelas quais passaram, inovaram e questionaram diversos cânones das teorias e experiência dos movimentos de esquerda do último século, desvendando novas e reeditando velhas formas de organização e de se fazer política. Pelas suas características organizativas, suas formas de luta, suas inscrições identitárias, suas conceitualizações da aça coletiva, suas formas de linguagem, seus questionamentos em relação a poder, a política, ao estado e à democracia, colocam particularidades que os distinguem de outros movimentos precedentes e, sem dúvida, impulsionaram a revitalização do pensamento crítico. Com uma capacidade questionadora e de autocrítica poucas vezes vista em movimentos do tipo, o ezln se apresenta mais como antípoda das tradicionais guerrilhas que a América Latina conheceu, sendo um dos despertares mais visíveis de um novo ciclo de protesto social que tomou corpo no decorrer da segunda metade dos anos 1990 na América Latina, de cunho antineoliberal e anticapitalista.

Apresentação do Livro Nem o centro nem a periferia
Subcomandante Insurgente Marcos

OBS: Em breve estará disponível para download